terça-feira, 2 de abril de 2013

Profundidade


Os vocábulos explodem como vulcões, sem rumo, sem controlo e completamente disformes. Não nos apercebemos do quanto essas palavras que no momento são de raiva podem ferir um corpo. Corroem a alma, o nosso engenho.  O jeito singelo do ênfase que tomamos ao dizê-las nem parece que foi provocado ou introduzido pelo nosso ser. Quando repensamos o que deixamos latente em palavras profundas, mas sinceras, arrependemo-nos de o ter feito. Doí quando o som desses vocábulos se vai acentuando no nosso aparelho auditivo. Parece uma dor crescente, que começa com uma dor lenta, mas forte e que vai aumentando a sua capacidade de destruição. São palavras que ditas tão rapidamente, parece que voaram com o vento e nós nem nos apercebemos do quão maligno isso pode ser. Deixamos isso ao critério dos deuses, como se eles fossem capazes de mudar o rumo das coisas.  
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