Os vocábulos explodem como vulcões,
sem rumo, sem controlo e completamente disformes. Não nos apercebemos do quanto
essas palavras que no momento são de raiva podem ferir um corpo. Corroem a
alma, o nosso engenho. O jeito singelo
do ênfase que tomamos ao dizê-las nem parece que foi provocado ou introduzido
pelo nosso ser. Quando repensamos o que deixamos latente em palavras profundas,
mas sinceras, arrependemo-nos de o ter feito. Doí quando o som desses vocábulos
se vai acentuando no nosso aparelho auditivo. Parece uma dor crescente, que começa
com uma dor lenta, mas forte e que vai aumentando a sua capacidade de destruição.
São palavras que ditas tão rapidamente, parece que voaram com o vento e nós nem
nos apercebemos do quão maligno isso pode ser. Deixamos isso ao critério dos
deuses, como se eles fossem capazes de mudar o rumo das coisas.
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