sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Surgem as dúvidas.

Estava eu muito contente e toda divertida numa aula de educação física quando olho para ele e o vejo ao lado de uma rapariga. Nesse momento se tivesse alguma coisa na mão tinha-la deixado cair. O meu sorriso transformou-se numa lágrima ao cantinho do olho e que eu fazia tanta força para que não caísse. Estavam muitas pessoas ao meu lado e não sabiam que eu era completamente apaixonada por ele, por isso tentei agir com neutralidade. Queria não olhar para lá mas os meus olhos acabavam sempre por finda-los. Quando olhei pela última vez para ele, vi-lo a abraçar-se a ela e a pregar-lhe um beijo na boca. Por momentos pensei que eu é que estava lá no lugar da rapariga, e que ele me amara a mim em vez de ela. Mas depois alguém me tocou e perguntou: - Está tudo bem contigo? Estás um pouco pálida! Eu voltei a realidade e apercebi-me que quem estava a ser beijada era a rapariga e não eu. Não estava á espera daquilo. No caminho para casa, apercebi-me que estava a ir pelo caminho errado, aquele não era o caminho para minha casa, aquele era o caminho para a casa dele. Pergunto-me a mim mesma em voz alta: - Ana o quê que estás a fazer?

Tento impedir o meu corpo de seguir aquele rumo mas não consigo, continuo a ir em frente, continuo a ir em direção a casa dele. Quando finalmente chego á entrada do prédio dele paro, penso e volto para traz. Bolas arrependi-me!!! Penso para mim própria que se calhar não vale assim tanto a pena lutar por ti. Pois tu gostas e não paras de gostar da outra.... Triste, sozinha não me apetece ir para casa, sei que se for para casa a minha mãe vai começar a fazer-me perguntas porque ela sabe quando estou triste, e vai ver que na minha cara, os meus olhos vão estar vermelhos de tanto chorar. Continuo a ir na direção da minha casa porque sei que a minha mãe vai ficar preocupada se não for para lá. Não tenho telemóvel, não tenho relógio, o tempo para mim é indefinido, não tenho casaco, começo a sentir frio nos braços, mas deixo-me levar ao sabor do vento até que paro, ajoelho-me e choro cada vez mais. Vejo as minhas lágrimas a cairem no passeio. Entretanto começou a chover, não pára, estou toda molhada. Sinto que cada pinga que me toca no corpo é uma prova, um indicio que não devo continuar a lutar por ele. Passado um tempo de estar ali ajoelhada no meio da rua levanto-me e penso que tudo na vida não acontece por acaso e se ele começou a namorar com outra rapariga é porque teve mesmo de ser e eu não tenho de desistir dele por causa disso. Cheguei a casa, estou encharcada, a minha mãe fez-me perguntas mas eu só me dirigi ao meu quarto e tranquei-me lá dentro e só saí para ir jantar. Estava triste mas com esperança que ainda pudesse ser muito feliz ao lado dele e por isso mentalizei-me de que nada é impossível e que chorar ajuda mas não nos leva a lado nenhum. Capacitei-me que podia conseguir, e talvez o possa mesmo....



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