quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O amor é fudido!!



Um dia hei-de conseguir afastar-te da minha mente. Um dia hei-de dizer que tu não significas nada para mim. Um dia… Estive em Lisboa á beira rio a comer um gelado. Estava  feliz, estava feliz por ter realizado o meu desejo. O meu desejo era sentar-me no terreiro do paço a comer um gelado. Afoguei  as minhas mágoas naquele ar de Lisboa. O vento batia na minha cara, fazia com que o meu cabelo voasse. Fazia com que os meus olhos derramassem lágrimas, pois batia com tanta força nas minhas pestanas. Eu estava imóvel. Parecia que tinha congelado no tempo. Comecei a cantar em voz baixinha, muito baixinha  a música da Birdy. People help the people.  Cada nota, cada palavra, cada letra, cada sílaba que articulava fazia com que ao meu pensamento fosse parar cada vez mais longe. Comecei a cantar mais alto e depois cada vez mais alto. Estava sentada mesmo no meio da praça do comércio. As pessoas passavam por mim e olhavam-me com desprezo. Algumas paravam e davam-me moedas, pensavam que estava ali a tentar ganhar dinheiro. Apercebi-me de  isto tudo, mas o meu pensamento  estava longe, estava muito longe, estava ao pé de ti meu amor. Estava contigo. Estava concentrado em ti. Será que tu o sentiste? Acho que sim e sabes porquê? Porque pensei em ti com tanta força, com tanto amor, com tantas lágrimas a caírem-me pelos olhos. Pensei em ti com a alma e com o coração. Pensei em ti como se não existisse um amanhã.  É impossível não teres sentido a força do meu amor por ti. É impossível.  A minha voz ficou um pouco rouca e tive de tossir. Quando tossi, a minha mente voltou para o terreiro do paço. Voltou. Levantei-me cabisbaixa. Apanhei as moedas e decidi dar uma, a cada sem abrigo que via na rua. Com as moedas deixei o meu carinho a essas pessoas que não tinham nada, que ao contrário de mim, têm o desejo de ter um tecto para poderem não passar os dias de tanto frio e de chuva na rua, de uma boa alimentação e de saúde acima de tudo. Eu sei que aquelas moedas não ajudaram todos os sem abrigo que existem naquelas ruas, mas pelo menos tentei ajudar com o que pude. Acreditem que hoje vou dormir bem porque sei que fiz algo por alguém. E que essas pessoas vão estar-me gratas para sempre, embora eu possa nunca mais vê-las. Depois de ter percebido que tenho muita sorte por ter uma casa, comida e saúde e de ter percebido que á pessoas no mundo que precisam de toda a nossa ajuda, de toda ajuda que podermos dar, fui para casa. Apanhei um autocarro. Ao longo da estrada pensava em tudo o que tinha visto. E realmente os meus problemas não têm mesmo comparação  com os problemas daquelas pessoas. Não estou a desvalorizar os meus problemas, mas aquelas pessoas parecem ter problemas muito mais graves e  importantes do que os meus e muito mais difíceis de resolver. Eu estou a sofrer por amor. O AMOR É FUDIDO!! É verdade !! Mas tem solução ou talvez não. Mas porque será que nós só amamos quem não devemos amar? 




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