Hoje acordei com a luz do sol a
findar as janelas, a trespassar o rosa dos cortinados subjacentes naquele varão
verde alface que remontava á minha pré-adolescência. Olhei para o telemóvel e
ainda eram 9.00. Ainda fiquei a olhar para o teto, contemplando sei lá eu o quê.
A casa permanecia silenciosa, até que determinei rapidamente expirar esse tal
sossego e coitados dos vizinhos viram-se obrigados a acordar ao som da minha admirável
música “Wrecking ball”… Perscrutei minuciosamente através da velha janela todos
os detalhes vindos do mundo exterior. Averiguei que a vizinha tinha deixado o
regador fora do sítio habitual, que o gato da Tia Amélia espreitava do alpendre
e que a rua estava deserta. Bebi um copo de leite bem fresco como mandava a
rotina e sentei-me no sofá a pensar que
hoje era o dia, aquele dia… Ia obter várias respostas, ia reencontrar-me. À tanto
que andava perdida, à tanto que andava esquecida. Um amanhecer diferente, uma
rotina ausente, mas eu sempre presente.
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