Desta
vez foi diferente. Demos descanso aos lençóis cansados e esgotados de sempre. O
sofá de cor escarlate foi o eleito naquela ocasião. O suposto, o hipotético era
termos visto o filme que estava a passar na televisão, mas invés disso, os
nossos corpos movimentaram-se para junto um do outro. Eu sentei-me ao colo dele
e ele começou por me dar um beijo na boca, escorregando até ao pescoço e foi
descendo um pouco mais. Lembro-me que as mãos dele estavam assentes
nas covas que se exibem nas minhas costas. O medo também estava patente, pois
tínhamos pouco tempo. A mãe dele estava quase a chegar a casa. Estava calor e
era incessante, mas nós permanecíamos abraçados, despidos, enlouquecidos,
unidos. Foi especial, recíproco, transcendente, foi um para sempre. Ficará
gravado na memória, cravado no coração, latente na história e presente
infinitamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário