terça-feira, 10 de setembro de 2013

Presente infinitamente

Desta vez foi diferente. Demos descanso aos lençóis cansados e esgotados de sempre. O sofá de cor escarlate foi o eleito naquela ocasião. O suposto, o hipotético era termos visto o filme que estava a passar na televisão, mas invés disso, os nossos corpos movimentaram-se para junto um do outro. Eu sentei-me ao colo dele e ele começou por me dar um beijo na boca, escorregando até ao pescoço e foi descendo um pouco mais. Lembro-me que as mãos dele estavam assentes nas covas que se exibem nas minhas costas. O medo também estava patente, pois tínhamos pouco tempo. A mãe dele estava quase a chegar a casa. Estava calor e era incessante, mas nós permanecíamos abraçados, despidos, enlouquecidos, unidos. Foi especial, recíproco, transcendente, foi um para sempre. Ficará gravado na memória, cravado no coração, latente na história e presente infinitamente. 

Polli: Rainy Days

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