A vida faz-nos ser um tudo e ser um
nada. Leva-nos por caminhos cheios de pedras nas quais acabamos por tropeçar. Faz-nos
desistir de levantar. A vida é tão efémera que nem tens tempo de dizer adeus
quando partes, mas ainda existem pessoas a desperdiçar a efemeridade da vida.
Talvez eu seja uma pessoa desse tipo, talvez eu despreze o que há de melhor na
vida. Porém, eu sinto que a minha vida desabou, que todos os meus sonhos ficaram
destruídos e penetrados num outrora nunca acabado, num passado sempre lembrado,
num amor nunca esquecido, talvez num tempo de vida perdido. Apelo á razão e não
ao coração, bramo á indiferença e não ao sentir e fraquejo no olhar e no querer
tocar. Dizem que o que realmente é teu, volta para ti. Estou na fase da espera,
vivendo um amor idílico, exilado da sociedade. As pedras no meu caminho são
cada vez maiores, tropeço cada vez mais, mas o importante é levantar. Navego na
evasão porque sei que o alheamento do espírito é a melhor forma de encontrar a
calma anímica, a tranquilidade do meu ser e de me dar força para viver. Eu vivo
de emoções, de sentimentos, alimento-me do “para sempre” e reconforte-me com o “estou
aqui para ti” e amo de amar a palavra “amo-te”, pois não existe sentimento mais
belo, mais divino que o amor, mesmo quando este te consome, te corroí, te
destrói e te faz ter vontade de morrer...
Nenhum comentário:
Postar um comentário