Ela sabia o que sentia, sabia o que queria. Proferia palavras
singelas que demonstravam o profundo sentimento que nutria por ele. Chorava por
não o ver, chorava por não o ter. Ela já se acostumava à ausência daquela alma.
Alma dissipada e desavinda. Os dias eram tristes e até o cinzento do céu se
tornara negro aos seus olhos. Ela não fazia falta a ninguém, nem a ele que outrora
não podia viver sem ela. Já não havia espaço para ela na vida dos outros, nem
na vida dele. Ele preferia outras almas. Ela tornara-se solitária e sentia uma
tristeza sem fim. Sentia a falta de uma companhia, de uma mensagem de bom dia.
Lutava por um sorriso, pelo que era realmente preciso. Vivia uma mentira, uma infelicidade
desmedida e um dia fartou-se de tudo. Cessou o que já não existia, deixou-se de
cobardia e matou-se.
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